segunda-feira, 21 de março de 2011

Matéria sobre mobilidade em Goiânia

MOBILIDADE EM GOIÂNIA

Este é um dos destaques da edição de hoje do jornal O Popular de 21/03, com esta chamada na primeira página: “Modelos de gestão em trânsito adotados nas últimas décadas em Goiânia priorizam motorista de carros e motos e ignoram pedestre, ciclista e portador de necessidades especiais”. Em página interna, esta outra chamada: “Goiânia alcançará a marca de 1 milhão de veículos em circulação no prazo máximo de dois meses. Entupida de carros e motos, a cidade, ao longo das últimas décadas, viu ser adotado um modelo de gestão em trânsito e transporte que priorizou o automóvel. Pedestres, ciclistas e pessoas com deficiência ainda esperam sua vez de poder circular pela cidade com autonomia e segurança”.

Assinada pela repórter Deire Assis, a matéria, que ocupa as páginas 2 e 3, colheu de Érika Cristine Kneib, pelo Fórum de Mobilidade Urbana da Região Metropolitana de Goiânia, este depoimento:  “A política de priorização exclusiva do automóvel está gerando toda sorte de problemas para as cidades, como a falta de estacionamento e de espaço para circulação, altos graus de poluição na atmosfera e elevado número de acidentes e de vítimas. Além desses, há ainda a preocupante perda de espaços na cidade, como praças e canteiros, com o objetivo de garantir mais faixas de circulação. Os investimentos agora devem priorizar o transporte não motorizado e coletivo.”

O presidente da AMT, Miguel Tiago, também ouvido, frisa que o órgão tem buscado a humanização do trânsito. No entanto, admite que a própria população exerce uma pressão muito grande sobre a administração pública para que garanta maior fluidez ao automóvel. Segundo ele, a Prefeitura já discute a implantação dos primeiros quilômetros de ciclovia em Goiânia, enquanto promove intervenções no trânsito com o objetivo de dar segurança ao pedestre. Agora, por exemplo, em todos os cruzamentos há tempo para travessia de pedestre, o que não havia antes. Miguel Tiago sustenta que a cidade precisa caminhar para um modelo de mobilidade que sirva a todos e, assim, não descarta restringir a circulação de automóveis em determinados locais e horários.Registra ainda O Popular que pedestres e pessoas com deficiência “ainda amargam a total falta de políticas públicas voltadas para a garantia da mobilidade e acessibilidade especialmente no passeio público”.

 E então apresenta este depoimento do engenheiro Augusto Cardoso Fernandes, do Grupo de Acessibilidade do Crea-GO: “O buraco que surge na via desaparece rapidinho. O buraco na calçada faz aniversário, permanecendo lá por anos e passa a fazer parte do desvio das pessoas no inconsciente”. Para Augusto, as calçadas são espaços mal cuidados por várias razões, uma delas a falta de sensação de poder que as pessoas têm em relação ao passeio público. Ele esclarece que, como forma de orientar a população sobre como fazer a coisa certa, Prefeitura, Crea e Ademi estão desenvolvendo a cartilha da calçada, programada para ser lançada nos próximos dias. O objetivo, com esse material, é conscientizar as construtoras para que promovam a realização das calçadas do seus imóveis de forma padronizada e também dentro das normas da acessibilidade.

Fonte: Ademi News de 21/03/2011

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