quarta-feira, 16 de março de 2011

Avanços da mobilidade urbana em Goiânia

ARTIGO DISCUTE A MOBILIDADE URBANA E DÁ SUGESTÕES



Erika Cristine Kneib, arquiteta e urbanista, mestre e doutora em Transportes Urbanos, professora adjunta e pesquisadora na UFG, e colaboradora técnica do Fórum de Mobilidade da Região Metropolitana de Goiânia/Instituto Cidade-Ademi, analisa com profundidade a questão da mobilidade urbana, em artigo sob o mesmo título publicado no sábado, 12/03, no jornal O Popular. A abordagem começa do conflito entre a qualidade de vida e a necessidade de deslocamento das pessoas, numa região de notório crescimento, conceituando que, ampliando esse conflito, os automóveis demandam cada vez mais espaços na cidade, “enquanto as políticas inadequadas retiram da população espaços de convívio e lazer para circulação e estacionamento de autos.”

Argumenta a articulista: “Grandes cidades, em outros países, já amadureceram o conceito de mobilidade, e chegaram a soluções que priorizam e valorizam o transporte coletivo e não motorizado (a pé e bicicleta), em detrimento do modelo que cidades brasileiras insistem em incentivar: o automóvel. Cientifica e empiricamente já se provou e comprovou a insustentabilidade da priorização do modo motorizado individual (carros e motos) em um círculo vicioso de deterioração do espaço urbano e da qualidade de vida”.

O texto não deixa de registrar o envolvimento maior da sociedade com a questão – leis e planos que adotam o conceito de mobilidade urbana e preconizam o  incentivo a modos de deslocamento coletivo e não motorizado, consolidação de conceitos que buscam conciliar a mobilidade das pessoas com cidades mais sustentáveis, discussão, articulação e integração de soluções a partir de fóruns e comitês relacionados à mobilidade, contribuição de universidades e institutos de pesquisa e maior atenção do poder público com a questão, no sentido, especificamente, de valorizar e priorizar o transporte coletivo -, ações que se somam na “busca por uma melhoria da mobilidade urbana na RMG.”

Mas é cobrada maior celeridade na adoção das novas políticas preconizadas, superando-se os embaraços e contornando a solução de continuidade na execução das propostas, dentro de um conceito básico: não se podem deixar de lado as etapas seguintes. E aí as sugestões da Drª Érika: “Nesse tema, mobilidade, todos os cidadãos são afetados, do pedestre ao usuário do auto. Priorizar investimentos em infraestrutura e componentes dos sistemas de transportes que valorizam o coletivo e o não motorizado, e restringir o uso do modo motorizado individual, mesmo que isso não agrade uma pequena parcela da população, é cogente e indispensável. É necessário trabalhar a cidade coletiva, voltada à melhoria da qualidade da vida urbana. Toda a sociedade precisa se engajar nessa discussão e estar ciente desse processo de transformação da cidad e, na busca por uma transformação potencial e benéfica ao seus habitantes”.

Fonte: Ademi News

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