No país, 47% se deslocam com veículo próprio

O percentual da população que usa automóveis ou motocicletas para se deslocar aumentou de 45,2% em 2008 para 47%, em 2009. Mesmo assim, quase metade da população ainda depende do transporte público, por não ter alternativa de transporte. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), baseados em estudos da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (Pnad), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O número de automóveis na área urbana é o dobro do da área rural, onde é maior o número de motocicletas, segundo o estudo. Os veículos de duas rodas estão presentes em cerca de 15% dos lares, com tendência a crescer, levando em conta os preços mais baixos das motocicletas.

Os domicílios da área urbana que têm carro somam 16,5 milhões, motocicletas 4,073 milhões e os lares que têm ambos os veículos são 3,2 milhões. Cerca de 25,9 milhões de residências ainda não têm qualquer tipo de veículo. Na zona rural, 1,489 milhão de residências têm carro, 1,566 milhão têm motos e 570 mil têm carro e moto. Além disso, 5,123 milhões de lares não dispõem de qualquer tipo de veículo.

O Ipea destaca que a posse de veículos ocorre até mesmo nas camadas mais baixas da população. Na faixa de pobreza extrema, com renda de até um quarto do salário mínimo per capita, 17,7% das famílias têm carro ou motocicleta. Nas casas onde a renda é de até meio salário mínimo per capita cerca de 23% das famílias já têm veículos próprios.

As políticas para aumentar a renda da população mais pobre, segundo avaliação do Ipea, deverão provocar o aumento da aquisição de automóveis nos próximos anos. A posse de veículos é maior no país, proporcionalmente entre a população de Santa Catarina, Paraná, Distrito Federal e São Paulo. Em Santa Catarina, cerca de 70% das residências têm algum tipo de veículo. No Paraná, 61,7%; no DF, 59,7% e em São Paulo, 59,1%. Em Santa Catarina, 28,5% das residências não dispõem de automóvel ou moto, no Paraná, 38,3%; no DF, 40,3% e em São Paulo, 40,9%.

A maioria dos trabalhadores brasileiros (68%) na área urbana ou rural gasta menos de 30 minutos para ir de casa ao trabalho, independentemente da forma de locomoção. Cerca de 10% da população gasta mais de uma hora nesse percurso. O tempo médio de percurso da residência ao trabalho, segundo o Ipea, mostra que a maior parte dos brasileiros prefere procurar trabalho próximo às suas moradias.

O Ipea considera que a taxa de motorização da população tende a crescer, gerando engarrafamentos e complicações no trânsito. Para o instituto, será necessário que os governos façam investimentos para melhoria da infraestrutura para minimizar o problema.

Fonte: http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com _content&view=article&id=6593&Itemid=75

Na data de 7 dezembro de 2010, às 9 horas, no auditório da Ademi-GO, instalou-se a 3ª reunião ordinária do Fórum de Mobilidade da Região Metropolitana de Goiânia. O objetivo da reunião consistiu em “Definir ações e demandas prioritárias para a melhoria da mobilidade na RMG que embasarão as ações futuras do Fórum”.

Foram abordados temas afetos aos eixos do transporte; crescimento incontido da frota de veículos em Goiânia; necessidade de fiscalização por parte da AMT, não multando, mas orientando, e em seguida propondo que se abra concurso público para aumentar e qualificar o contingente da Agência; pontos merecedores de uma fiscalização sistemática, para que se coíbam as infrações e se superem os transtornos; necessidade de orientação e disciplina no trânsito, controle nos espaços de carga e descarga, execução dos projetos dos corredores de transporte e regularização das calçadas; carência de ciclovias; subsídio governamental nas passagens, que é o caso específico do Eixo Anhanguera; a adoção do combustível alternativo na frota do transporte coletivo;  necessidade de requalificação dos terminas de integração; regulamentação no uso das calçadas pelo comércio, onde  há abusos, em detrimento do pedestre ; dificuldades do deficiente visual, dentre outras.

A 4ª Reunião do Fórum de Mobilidade Urbana da RMG será realizada no dia 8 de fevereiro de 2011.

2ª Semana Temática em Transportes - Universidade de Brasília

Acontecerá de 07 a 09 de dezembro de 2010 a 2ª Semana Temática em Transportes.

O evento será realizado na Universidade de Brasília e proporcionará um singular momento de reflexão sobre estudos na área de transportes.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO:

3ª Reunião do Fórum de Mobilidade da RMG

Será realizada no dia 07 de dezembro de 2010, terça-feira, no Auditório da ADEMI, a Terceira Reunião do Fórum de Mobilidade Urbana da Região Metropolitana de Goiânia.

Esta terceira reunião terá como objetivo elencar prioridades para a melhoria da mobilidade urbana na região Metropolitana de Goiânia, que nortearão ações futuras do Fórum.

XXIV Congresso da ANPET

Aconteceu em Salvador, Bahia, de 29/12/2010 a 03/12/2010 o XXIV Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Ensino em Transportes - ANPET.

A programação foi bastante intensa e diversificada, com palestras, seminários, mesas redondas, workshops e minicursos. Foram apresentados 157 artigos científicos, em 41 sessões técnicas.

Merece destaque uma mesa redonda que aconteceu no dia 1/12, sobre "As oportunidades e os desafios para implantar sistemas BRT no Brasil". Muito se falou sobre BRTs nas cidades sede da Copa do Mundo, apresentando-se casos nacionais e internacionais.

Nesse contexto, cabe destacar que Goiânia não será cidade sede, mas já conta com grandes discussões sobre a implantação de corredores para o transporte coletivo e sobre BRTs. A crise de mobilidade afeta todas as grandes cidades brasileiras, e não apenas as que serão sede da Copa do Mundo.

Afinal, devemos pensar em melhorar o transporte coletivo e não motorizado das nossas cidades, com o objetivo de melhorar a mobilidade da população que nelas residem, ou apenas deve ser pensada a melhoria da mobilidade para um evento que durará cerca de 1 mês?