segunda-feira, 29 de novembro de 2010

1ª Reunião do Comitê Técnico de Trânsito e Circulação

Será realizada nesta 3a feira, 30/11, a primeira reunião do Comitê Técnico de Trânsito e Circulação - CTTC. Este importante evento soma-se às ações que vêm acontecendo em Goiânia, com ampla particpação de técnicos e autoridades, na busca pela melhoria da mobilidade das pessoas.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

2ª Reunião do Fórum de Mobilidade Urbana da RMG


A 2ª Reunião do Fórum de Mobilidade Urbana da RMG ocorreu nessa 3ª feira, 23/11/2010, na ADEMI, tendo como foco a mobilidade urbana no contexto do Plano Diretor de Goiânia.



O Dr. Helder José Ferreira Paiva, que é advogado e empresário do ramo imobiliário, fez uma abordagem do tema indicado para a reunião, o Plano Diretor de Goiânia, que analisou aspectos jurídicos e levantou as muitas dúvidas ainda existentes para a completa aplicação do PDG.
Foram abordadas questões como o direito de preempção; a necessidade de implantação dos novos corredores de ônibus, já que o PDG preconiza altas densidades junto aos corredores e hoje já são observadas tais densidades na cidade; a necessidade de elaboração das leis complementares ao PDG, uma vez que das 40 previstas no projeto, só 11 foram até agora elaboradas. Foi destacado o Plano Setorial do Transporte Coletivo, que serviu de inspiração para o Plano Diretor, com destaque para eixos preferenciais e exclusivos, sendo o próximo o Leste-Sul, com corredor exclusivo para uso do BRT.
O tema calçadas também foi bastante mencionado. Foi proposto que algumas prioridades sejam definidas pelo Fórum, para o acionamento das autoridades públicas.

Foi confirmada para 7 de dezembro a próxima reunião do Fórum de Mobilidade da Região Metropolitana de Goiânia, e anunciada a data de 8 de fevereiro para a primeira reunião no ano de 2011.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Qualidade de vida e o cotidiano da cidade

Camilo Vladimir de Lima Amaral
Texto publicado no Jornal UFG, nº 41, de outubro de 2010.

Fonte da foto: www.goiânia.go.gov.br


O tema qualidade de vida é sempre polêmico. Muitos institutos tentam quantificar e definir o que é qualidade de vida. Entretanto, eles sempre esbarram na definição dos critérios. Como definir o que é mais importante e que peso dar a cada aspecto da vida: saúde, lazer, educação e trabalho? Como colocar tudo isso num quadro definitivo sem incorrer em divergências culturais e históricas, etnocentrismos, diferenças de ida­de e de gênero?
Houve tempo em que o esgotamento sanitário não era uma ques­tão prioritária e, por vezes, sequer considerada; hoje em dia o debate segue adiante numa perspectiva muito mais abrangente do problema: o saneamento ambiental. Em outros momentos da história, o carro era o símbolo de desenvolvimento e a maioria das grandes cidades cedeu gran­de parte de seus territórios e investimentos ao automóvel. Hoje, as pro­postas de vanguarda transferem as soluções da esfera individual para a esfera coletiva e sustentável: a mobilidade não-motorizada e o transporte coletivo sobre trilhos.
A impossibilidade de se definir tout court o que é qualidade de vida e, em seguida, definir como atingi-la é justamente o que torna essa questão central. O debate e a reflexão sobre o tema levam a sociedade a refletir quais os caminhos e em que direção deseja seguir. Acreditou-se por muito tempo que esse processo poderia ser definido tecnicamente, cientificamente e precisamente, estabelecendo as chamadas “necessida­des básicas e universais” da população. Esse processo levou a uma mas­sificação da vida, tão evidente nos conjuntos habitacionais do BNH e, também, nos atuais.
O que os processos tecnificantes da sociedade industrial fizeram foi transformar a vida cotidiana em compartimentação, reificação e alie­nação do tempo da vida, modo de produção e consumo. Isso quer dizer que a vida se torna menos densa: o trabalho não traz prazer; não se habita a cidade, mas apenas uma pequena propriedade privada; perdem­-se horas diárias apenas locomovendo-se; as empresas controlam nosso tempo de lazer e nossa saúde; o ritmo do trabalho condiciona a vida fa­miliar; o lazer transforma-se em consumo; o trabalho intelectual [livre?] submete-se a padrões, tendências, normas, manuais, programas compu­tacionais, sistemas de avaliação etc.
Soma-se a esse quadro o fato de que o mundo está cada vez mais urbano. Não apenas porque a população reside cada vez mais em cidades, mas também porque o que era típico da vida citadina alastra-se por todo o território: os contatos, a comunicação, os direitos, o trabalho assalariado, as novidades. Assim, a vida e a experiência da qualidade acontecem num cotidiano crescentemente mais marcado pelas relações sociais e políticas (aquelas da polis). E se não há como pensar individualmente a vida em comum de qualidade, seguimos fracassando em nos aproximar: vivemos cada vez mais coletivamente e nos sentimos cada vez mais em solidão; temos mais meios de comunicação e somos mais distantes; temos mais conforto, e vivemos em maior ansiedade; mais elementos de controle, e maior caos; mais velocidade, e mais congestionamentos.
Refletir sobre qualidade de vida depende fundamentalmente de como a vida acontece concretamente: no confronto direto com o outro que limita e expande nossos horizontes. Não basta o direito constitucional à igualdade, se no dia-a-dia a vida é desigual. Também não basta atender ao mínimo abstrato ou quantificado, se o que satisfaz o espírito é o gozo daquilo que sublima a experiência vivida: a aproximação do concreto e do desejado. Se as pessoas pensam, desejam e têm valores autônomos, a qualidade de vida depende da liberdade de definir sua própria experiên­cia cotidiana, tornando sua vida uma obra de arte e a cidade o símbolo e reflexo de seus desejos.
Assim, o desafio está posto: como transformar a cidade e nosso coti­diano naquilo que desejamos? O primeiro passo, apenas o primeiro, é refletir.

Camilo Vladimir de Lima Amaral é Professor do curso de Arquitetura e Urbanismo Faculdade de Artes Visuais (FAV), na Universidade Federal de Goiás.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Planejamento da Mobilidade

O tema transporte e mobilidade, em Goiânia, vem ganhando crescentes destaques na imprensa, na academia, junto aos empresários e formadores de opinião e junto à sociedade de forma geral. Cabe destacar que a crescente importância desta questão é reflexo de um cenário preocupante: aumento dos índices de motorização e congestionamentos; aumento da poluição; degradação dos espaços da cidade; e ainda, Goiânia detém os piores índices de acidentes de trânsito entre as capitais brasileiras.
Diversas ações conjuntas aconteceram na Semana Nacional de Trânsito, relacionadas a este tema: Seminário na UFG, com a apresentação de palestras relevantes no contexto nacional e de projetos de pesquisadores da universidade em busca de melhorar a mobilidade; lançamento do Instituto Cidade, juntamente com o lançamento do e do Fórum da Mobilidade Urbana da Região Metropolitana de Goiânia, o que irá constituir um importante espaço de discussão sobre as questões afetas ao tema; eventos relacionados a bicicletas; manifestos; e lançamento de um comitê Técnico sobre Trânsito e Circulação, vinculado à Rede Metropolitana de Transportes Coletivos, que contribuirá, sobremaneira, para discussões técnicas dos problemas de fluidez das vias da Capital e Região Metropolitana.
Este conjunto de fatores reflete a insatisfação da situação atual dos deslocamentos na cidade e dos crescentes custos, sociais, econômicos e sociais advindos da situação atual, assim como a mobilização de diversos segmentos sociais na busca pela melhoria da mobilidade em Goiânia.
Para fomentar as discussões que se iniciaram, destaca-se um elemento importantíssimo na busca pela melhoria da mobilidade: um processo de planejamento integrado das cidades, que procure conciliar o uso e ocupação do solo com os sistemas de transporte e garantir a mobilidade das pessoas. Como um dos produtos deste planejamento, para Goiânia e Região, urge se pensar em viabilizar um Plano Diretor de Transportes e Mobilidade.
O Plano Diretor de Transporte e Mobilidade deve contemplar etapas de levantamento de dados, diagnóstico, estabelecimento de objetivos, metodologias, cronogramas, recursos, dentre outros; ser avaliado de tempos em tempos, de forma a alimentar continuamente o processo de planejamento, assim como a revisão das propostas, pois a cidade é um organismo dinâmico, e a mobilidade necessita acompanhar tal dinamismo.
Este Plano deve começar a partir da formação de uma base de dados sobre a Região Metropolitana, com dados adequados e confiáveis, sendo indispensável conhecer como as pessoas se deslocam na região. Isso se chama Pesquisa Origem-Destino, que permite analisar, quantitativamente, quantos deslocamentos são realizados; onde as pessoas estão e para onde vão; os horários; os meios de transporte utilizados e as vias mais demandadas. A partir desses dados iniciais, em conjunto com informações sobre uso e ocupação do solo e sistemas de transporte, é possível se projetar alternativas de atuação, visando uma situação desejada.
Goiânia realizou sua última pesquisa Origem-Destino em 2000, que englobou parte da Região Metropolitana. Ou seja, há 10 anos não se sabe como as pessoas se movimentam. Como planejar transporte e mobilidade dessa forma?
É hora de se estabelecer um processo de planejamento integrado para a cidade, incluindo a mobilidade das pessoas; e implementar as ações planejadas. Afinal, deve-se buscar manter e melhorar ainda mais a qualidade de vida nesta capital e região.

Erika Cristine Kneib é arquiteta urbanista, doutora em transportes, professora adjunta e pesquisadora na UFG.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Modos de transporte da população brasileira

Segundo estudos da ANTP (2009), dentre as cidades pesquisadas em 2009, a maior parte das viagens foi realizada a pé e por bicicleta (41%), seguidos dos meios de transporte individual motorizado (30%) e do transporte público (29%).
 
Fonte: ANTP (2009)
 
 
Quando as viagens são classificadas por porte dos municípios, percebe-se que a participação do transporte público gira em torno de 20%, à exceção das cidades acima de 1 milhão de habitantes, nas quais ela atinge 36%.
 
A participação dos autos é maior nas cidades entre 500 mil e 1 milhão de habitantes (31%), decrescendo com a diminuição da população. As viagens a pé são sempre dominantes, mas na maioria das vezes têm sua participação diminuída à medida que aumenta a população. Tanto as viagens de moto como as viagens de bicicleta aumentam significativamente nos municípios menores.
 
Do ponto de vista da relação entre transporte não motorizado e transporte motorizado, vê-se que o primeiro é dominante (mais de 50% das viagens) nas cidades com população entre 60 e 100 mil habitantes.

Fonte: ANTP (2009)
 
 

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Congresso da ANPET



A Associação Nacional de Pesquisa e Ensino em Transportes (ANPET), em parceria com a Universidade Federal da Bahia (UFBA), realizará o XXIV ANPET - Congresso de Ensino e Pesquisa em Transportes, de 29 de novembro a 3 de dezembro, no Hotel Bahia Othon Palace, em Salvador, Bahia.

O Congresso permitirá a discussão de temas de grande interesse para os profissionais que atuam no setor, possibilitando que todas as esferas ligadas às atividades de transportes, seja acadêmica, científica, profissional, privada ou governamental, possam apresentar seus problemas e soluções, discuti-las e refletir sobre possíveis linhas de ação num ambiente cooperativo e instrutivo.

O XXIV ANPET deverá reunir cerca de 500 participantes e nele serão apresentados e discutidos mais de 250 artigos técnicos e científicos relativos a transportes. O Congresso abrigará também Workshops, Mini-cursos, Conferências e uma feira para empresas e instituições interessadas em divulgar os avanços tecnológicos e científicos do setor.

O XXIV ANPET espera contribuir para o aprimoramento científico e tecnológico de todas as modalidades de transportes e para a adoção de políicas que atuem como fatores de desenvolvimento e inclusão social para o Brasil, e em particular para a Bahia.

O Congresso da ANPET promove a congregação da comunidade técnico-científica do setor de Transportes e tem com objetivos, dentre outros:
  • fomentar a transferência de tecnologia gerada nos centros de pesquisa para o setor produtivo;
  • ampliar a discussão sobre atividades e ações no setor de transportes que envolvam a participação conjunta de pesquisadores, acadêmicos, profissionais, gestores públicos e setor produtivo;
  • fomentar a constituição de redes cooperativas para o desenvolvimento conjunto de pesquisas;
  • permitir a troca de experiências entre pesquisadores de instituições de pesquisa dedicadas ao tema transportes;
  • melhorar a qualidade e o rigor científico dos trabalhos apresentados.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

2ª Reunião do Fórum de Mobilidade da RMG

Será realizada no dia 23/11/2010 a Segunda Reunião do Fórum, com o objetivo debater e refletir sobre questões relacionadas à mobilidade urbana no contexto do Plano Diretor de Goiânia.

1ª Reunião do Fórum de Mobilidade da RMG

Foi realizada no dia 27 de outubro de 2010, no auditório da ADEMI, a 1ª Reunião Ordinária do Fórum de Mobilidade da Região Metropolitana de Goiânia.

Abrindo a reunião, o presidente do Instituo Cidade, Ilézio Inácio Ferreira falou dos desafios da mobilidade e da acessibilidade na Região Metropolitana. Narrou Ilézio, em seguida, que o primeiro desafio do Instituto Cidade é exatamente o da mobilidade urbana, propondo que se unam as cabeças pensantes para a busca das soluções que levem a uma melhor qualidade de vida para a população.


A reunião apresentou em seguida a palestra da professora Érika Kneib, que apresentou um levantamento geral dos desafios da mobilidade, no Brasil e no mundo, dos conceitos e definições existentes sobre o termo, e das ferramentas que vêm sendo utilizadas para a superação do problema.

Na segunda parte da reunião, o coordenador Marcos Borela propôs a busca da percepção dos presentes sobre os objetivos daquela reunião e do próprio Fórum de Mobilidade Urbana da Região Metropolitana de Goiânia, para que assim pudesse se desencadear um processo de discussão rumo a propostas de soluções para os problemas a serem levantados, debatidos e analisados. Os presentes se manifestaram sobre suas expectativas e comentaram sobre os desafios de Goiânia e sobre o Plano Diretor.



Duas novas reuniões do Fórum foram marcadas para este ano, a primeira no dia 23 de novembro e a segunda no dia 7 de dezembro, no período matutino.


Ações para melhoria da Mobilidade: O Fórum de Mobilidade Urbana da RMG


No dia 21 de setembro de 2010, aconteceu o lançamento do Instituto Cidade. O Instituto Cidade é uma sociedade civil, sem fins lucrativos e sem finalidade política ou religiosa, criado com a missão de contribuir com idéias, planos, projetos e programas para a melhoria contínua da qualidade de vida de Goiânia e dos municípios que compõem sua região metropolitana.

Como primeira ação efetiva do Instituto na busca por uma melhor qualidade de vida na RMG, foi lançado o Fórum da Mobilidade Urbana da Região Metropolitana de Goiânia.

O Fórum de Mobilidade Urbana da Região Metropolitana de Goiânia representa uma estratégia interinstitucional de articulação, sensibilização e integração da sociedade goiana, comprometido com a busca por uma mudança de paradigma relacionado à mobilidade urbana na Região Metropolitana, que contribua para a melhoria da qualidade de vida urbana. Caracteriza-se como uma instância democrática, de discussão de propostas e construção de consenso entre os diversos segmentos da sociedade, sobre a mobilidade urbana.

Como objetivo geral, o Fórum busca promover a integração entre as entidades, que possuem legitimidade e qualificação,  na busca por um processo efetivo  de melhoria da mobilidade na Região Metropolitana de Goiânia, contribuindo com uma mudança de paradigma, com a sustentabilidade e com a qualidade de vida nesta região.

Como objetivos específicos do Fórum, destacam-se:
·         Articular, sensibilizar e integrar agentes públicos e privados na busca pela melhoria da mobilidade da população da Região Metropolitana de  Goiânia, em bases sustentáveis;
·         Construir um espaço permanente e democrático de reflexão, discussão, e apreensão de conceitos, elementos e componentes que conformam o espaço urbano, o sistema de transportes, a mobilidade e seu reflexo na qualidade de vida da população;
·         Buscar o comprometimento dos agentes públicos e privados com o cumprimento dos dispositivos legais e regulamentos relacionados à mobilidade urbana;
·         Contribuir na elaboração de políticas; assim como elaborar planos, programas e projetos que possam impactar a mobilidade da população;
·         Acompanhar a implantação das políticas, planos, programas e projetos que possam refletir-se em alterações nos padrões de mobilidade da população.


Cenário Atual da Mobilidade na RMG

A Região Metropolitana de Goiânia - RMG mostra-se em franco processo de crescimento, fato que agrava os problemas urbanos, precipuamente os afetos ao transporte e mobilidade da sua população. Este crescimento, aliado à priorização do transporte motorizado individual, tem levado a uma realidade urbana insustentável, com degradação da qualidade de vida urbana. Na Região, problemas como desarticulação entre órgãos, desarticulação entre políticas e ações de desenvolvimento urbano, escassez de recursos, dentre outros, têm constituído um grande desafio para gestores, estudiosos e para a sociedade em geral, em busca da melhoria da mobilidade.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Seja bem vindo ao Blog da Mobilidade Urbana


Este blog objetiva agregar estudos, experiências e opiniões sobre a mobilidade urbana, em especial nas cidades brasileiras, com foco na Região Metropolitana de Goiânia.

Pretende-se criar uma rede com a participação de técnicos, acadêmicos, gestores e da sociedade civil em geral, para discutir e aprimorar propostas sobre essa temática. Espera-se ainda que as discussões possam contribuir para que os tomadores de decisão governamentais promovam a melhoria da mobilidade em nossas cidades.